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Consultor e Palestrante

Repensar o que fazer com o Lixo é possível. Gaia agradece!

Quando nasci, minha mãe cuidou de minha higiene lavando inúmeras fraldas de pano todos os dias. O que eu gerava de lixo? Nada. Produzia dejetos que iam para os esgotos. E só! Idos de 1948, há 72 anos atrás.

Fui o terceiro de três filhos, com diferença de 10 anos para minha irmã, a mais velha do trio. Lembro que lá pelos meus 6 ou 7 anos, eu recebia de suas mãos, uma vez por mês, um bilhetinho em papel dobrado. Minha função era levar esse recado escrito até o armarinho com uma certa importância e trazer de volta um embrulho com o troco da compra. O dono do armarinho, um debochado impiedoso, me dizia: lá vai o Modess da mana. Sua mãe ainda usa toalhinhas.

Hoje isso seria taxado de bullying. Naquela época eu desconhecia o teor do que ele bravejava, mas me sentia envergonhado ao levar de volta o tal embrulho. Mas era fato. Rapaz, eu compreendi. Mamãe, em seu período menstrual, usava toalhas higiênicas, de tecido, laváveis, enquanto minha irmã, mais moderna, usava absorventes descartáveis, gerando resíduos dispostos junto com o lixo comum da casa.

Depois da puberdade comecei a me barbear. Ganhei de presente um aparelho da Gilette igual ao de meu irmão e de meu pai. Orgulho. Esse aparelho os acompanhava desde rapazes. Era uma honraria; eu passava a ser um rapaz. Só precisaria trocar a lâmina a cada 4 dias. O que eu produzia de lixo? Apenas aquela lâmina pequena descartada com cuidado para evitar ferir o lixeiro. Adulto, fui levado a trocar o meu aparelho de barbear por um aparelho plástico que, uma vez por semana, ia pro lixo

Em 7 décadas presenciei inúmeras mudanças de hábitos provocadas pelo mercado de produtos de consumo, da fralda de pano, da toalhinha higiênica e da lâmina Gillete a muitos e muitos outros produtos que, em última instância, transformaram as pessoas em geradoras incansáveis de lixo.

Em 1991 fui convidado a moderar um evento em Curitiba, organizado pelo SENAI do Paraná, para mediar um dos painéis de um evento internacional em que o representante do Ministério do Meio Ambiente do Canadá fez uma exposição sobre a nova etapa que naquela ocasião era implantada pelo Plano Verde daquele País. Discorreu sobre os esforços na redução de embalagens mostrando o empenho e investimentos governamentais para que produtos chegassem ao consumidor com menor geração de resíduos.

Na introdução de seu discurso, o expositor falou que na etapa anterior o governo montou uma cadeia de distribuição de alimentos produzidos por hotéis e restaurantes que, ao final da noite, ao invés de descartarem no lixo  esses alimentos, os mesmos eram entregues a organizações sociais confiáveis como o Rotary cujos voluntários levavam esses alimentos para igrejas que distribuíam em forma de refeições a pessoas necessitadas. Uma cadeia do bem. Redução do impacto em aterros sanitários, envolvimento de voluntários, alimentação de pessoas carentes e transformação dos resíduos em esgotos.

Mesa farta em Santa Felicidade, Curitiba, PR

No intervalo para o almoço, fomos convidados a um daqueles magníficos restaurantes em Santa Felicidade. Como de costume na região, nos foi apresentado um cardápio variado com serviço farto. Como nos é comum, depositávamos aparas da carne servida nos pratos de apoio, além de comermos de tudo um pouco. Nosso convidado estrangeiro participava incrédulo. Assistia à cena enquanto saboreava uma caipirinha. Num dado momento, mais solto (caipirinha ajuda bastante …) ele nos disse: Sabe quando vocês terão um plano verde??? E deixou a pergunta no ar.

Estas palavras ainda ecoam em meu pensamento como pode ser notado neste texto.

Pois então, a dezembro de 2019, qual vinha sendo o nosso comportamento quanto aos resíduos que produzimos? Creio que o mesmo de agora, com raras exceções. Alguns esforços aqui e acolá devem ser reconhecidos como as restrições à fabricação de canudos plásticos e o incentivo ao uso de bolsas retornáveis nos supermercados, em substituição à orgia das sacolas plásticas. Mas, e do resto?

Resido num prédio na Tijuca, bairro de classe média. Na Cidade do Rio de Janeiro há uma Lei municipal que trata da coleta seletiva e a rua onde moro está inserida no roteiro duas vezes por semana. Faço a minha parte separando o lixo seco e descartando o lixo orgânico pelo duto da lixeira coletiva. Costumo higienizar o lixo sólido e deixá-lo num compartimento no andar em que o apartamento se localiza. Os empregados do condomínio são atenciosos e cumprem com suas obrigações. No entanto carecem de orientação adequada e, 4 vezes ao dia, recolhem o lixo seco de todos os andares num saco preto, misturando tudo o que encontram.  Duas vezes por semana, a coleta desses resíduos é feita por um caminhão compactador do serviço público. Ou seja: plásticos, pets, vidros, latas, tudo é compactado formando um único tijolão que, mais adiante, vai ser depositado numa colônia de catadores. Pergunto: para catar o que, se está tudo junto e misturado?

Coleta seletiva com caminhão compactador

Comungo com o conceito estabelecido pela ZWIA – Zero Waste International Alliance no que trata do Lixo Zero como uma meta ética, econômica, eficiente e visionária para guiar as pessoas a mudar seus modos de vidas e práticas de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo.(¹)

Sim é possível e nesses momentos de isolamento social, quase de reclusão domiciliar, Gaia nos concede a oportunidade ímpar de disponibilidade de tempo para reflexões sobra a vida, de análise crítica de condutas e hábitos do cotidiano que impactam o Planeta que nos acolhe.

Cada um de nós pode considerar a alternativa de evitar a geração de lixo (recicláveis, orgânicos ou rejeitos) em nossas residências ou ocupações profissionais ou empresariais. É desafiante sem dúvida, mas edificante.  

Podemos destinar objetos sem uso para bazares de instituições filantrópicas, por exemplo. As tampinhas plásticas de refrigerantes, embalagens de leite e outras mais podem ser destinadas a projetos de reciclagem

E Você, que lê esse texto, certamente tem sugestões de como podemos ser mais generosos com Gaia, reduzindo o consumo desmedido e a disposição inadequada de resíduos. Assim, fica o desafio. Envie um comentário e diga como você entende ser possível repensar o que fazer com o Lixo.

A coletânea de comentários será considerada e agregará valor a estas reflexões. E Gaia agradece.

(¹) https://ilzb.org/conceito-lixo-zero/

Imagens colhidas em: https://www.trisoft.com.br/lixo-zero-beleza-de-um-mundo-sem-lixo/ https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g303441-d2325642-Reviews-Dom_Antonio-Curitiba_State_of_Parana.html https://www.srzd.com/brasil/comlurb-recolheu-155-toneladas-de-residuos-no-game-xp-no-rio/ https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/ponto-de-interrogacao

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53 comentários

  1. Joper li esse texto, logo após assistir uma reportagem sobre a limpeza dos canais de Veneza em tempos de isolamento social e fechamento de pontos turísticos na Itália! Espero que depois dessa pandemia aprendamos juntos a cuidar da nossa casa Terra! Parabéns pelo texto!!

    • Bela observação Nobre Joper Padrão.
      Falta ainda a Disciplina Consciente nas pessoas dentro da nossa atual Sociedade.

      • Caro Joper. Observações de primeira qualidade! Precisamos de pessoas como você que não se cansam de pensar no bem comum. Um abraço do Sérgio Sá

        • Em primeiro lugar é preciso a mudança de cultura… A começar pelas Organizações de coletas públicas que misturam todo “lixo” que produzimos..Em segundo momento incentivar o reaproveitamento do que utlizamos (latas, eletrônicos, orgânicos, vidros, plásticos)… Enfim, uma verdadeira transformAÇÃO!
          Interessante também, ter registros e contatos das Instituições que trabalham com objetos reciclaveis para que possamos encaminhar o material necessário para sua produção. Adoraria ver a transformação do que um dia foi “lixo” em verdadeiras obras de Artes… Afinal, na natureza nada se perde, tudo se transforma!!!

      • Mestre Joper parabéns por mais um excelente texto que nos relembra a condição de “passageiros” de Gaia.
        Lembro que antes de mais nada a questão é cultural. Não está no nosso subconsciente que temos que pensar nos outros “passageiros humanos e não humanos.
        Lembrar que a nossa responsabilidade não se limita a tirar os rejeitos do interior de nossas casas.
        Que ela só termina quando esses rejeitos forem reintegrados de forma coerente com a natureza. Estamos em tempo de reflexão e devemos aproveitar para nós reculturarmos(se me permite o neologismo) e ajudarmos aos que nos cercam a fazê-lo.
        Grande abraco

      • Estimado Marcello Deodoro: O desenvolvimento da consciência deve ter uma forte estrutura da criação familiar. Assim me parece.

    • Temos que mudar nossos hábitos: Consumo consciente e redução do uso de produtos fósseis.

      • Excelente texto, Joper Padrão! Que suas palavras espalhem-se e ganhem força para criar conscientização em todos que tocar! Eu nunca havia observado tão minuciosamente antes do confinamento e tive enorme espanto com a quantidade de lixo/ dia que eu produzo.E isto despertou em mim o propósito de reduzir ao limite máximo e reutilizar na mesma proporção tudo o que for possível, desde embalagens até as cascas, sementes como adubo de minhas plantinhas.
        Aqui no prédio onde moro só reaproveitam papelão, garrafas pet, latas e vidro. É muito pouco. Com boa vontade e cinco minutinhos do tempo de cada morador poderíamos fazer muito. Espero que este mesmo insight que tive ao me deparar com minha lixeira repleta tenha ocorrido com outros tantos moradores e possamos implementar uma política de separação e reciclagem efetiva. A proposta já foi feita ao síndico. Que reverbere !

        • Caríssima Cristina Marques: Você tem sido uma Líder incansável em colocar esse tema em destaque e inspira ações de transformação de nossos hábitos. Siga sempre, com determinação, essa sua trajetória como uma educadora admirável.

      • Sim Tatiana, esse deve ser o novo rumo, com a revisão dos hábitos que nos levam (a todos) ao desperdício.

    • Escrever sobre o assunto é muito importante. Ainda falta muita consciência pra população.

    • Cara Viviane. Esse é o desafio de todos nós, como fazer no pós-pandemia que os impactos ambientais sejam reduzidos, ou mesmo eliminados.

  2. Achei Interessante o Texto Histórico…Eu Estou em Mudanças de Hábitos, Minha Esposa Tem Um Jardim, Todas as Sobras Orgânicas São Receclaveis.e preparadas para Adubar as Plantas… Parabéns pôr mais Está Iniciativa…

    • Caro Abraão: A mudnaça de hábitos implica, também, na caminhada no sentido do consumo consciente.

  3. Parabéns Pela Iniciativa Educativa…
    .

  4. COMO SEMPRE EXCEPCIONAL…

  5. Parabéns…
    Muito boa iniciativa…

  6. Parabéns pelo texto! No meu raso ponto de vista falta claramente iniciativa pública de conscientização. Lembro-me que há mais ou menos uns 10 anos atrás, o então prefeito do Rio, Sr. Eduardo Paes, resolveu multar os transeuntes do centro da cidade. Até então o centro do Rio era imundo, lixo pra toda parte, e a partir dessa iniciativa que doeu no bolso de muitos fez o povo repensar. Quem no passado já não viu alguém jogar lixo sem dó nem piedade no meio de uma avenida com grande circulação? Quem não lembra daquela pessoa porca que, da janela de seu carro, lançava sem vergonha alguma uma latinha de coca-cola no meio da rua? Creio que os direitos e obrigações básicas de cidadão devessem ser ensinados na escola, lá no primário, aqueles direitos e obrigações que se encontram inseridos no artigo quinto da Constituição Federal. A formação de um cidadão reto, digno e respeitável, transcende os valores ensinados em casa. É uma conjugação entre a escola, o estado e a família. Consciência moral e social em primeiro lugar, sempre!

    • Prezado Raphael Dal Ferro: defendo que a formação do cidadão deva ser transversal na formação do jovem, perpassando todas as disciplinas. Ai sim, estaremos, pela educação formal, construindo a cidadania em cada jovem.

  7. Tudo é descartável e não é, se tivermos um olhar mais apurado. A natureza não produz lixo. Nós seres humanos e inteligentes sim, produzimos muito lixo e sem saber o que fazer. A natureza grita e essa pandemia é um dos gritos dela, mais muitos fazem questão de negar, é melhor dizer que foi um laboratório que produziu.Esse texto é um alerta, parabéns pelo olhar de um passado versus o consumismo do presente e o futuro vamos ver se ainda estaremos aqui.

    • Estimada Jackeline Bahé: Fato! A Natureza não produz lixo no sentido que nós humanos estamos habituados a compreender essa expressão. Pelo seu equilíbrio, os resíduos são incorporados ao seu processo dinâmico. Precisamos observar com mais atenção a Natureza da qual somos parte integrante.

  8. De Elizena Chaves (via Whatsapp): Tomei a liberdade de partilhar. Tão oportuno o texto o q comprova a lembrança do Encontro no Paraná. Em meu condomínio em Ipanema sigo seus hábitos e a história se repete. E tudo lento. Educar mudar hábitos é difícil mas alguma coisa vai evoluindo. Parabéns

  9. De Maria Aparecida da Cunha Correa (via Whatspapp): Boa noite querido amigo, você me fez lembrar coisas do passado. Realmente, a evolução dos descartáveis foi muito rápida, mas começamos a dar um passo atrás, o planeta não suporta mais. No meu condomínio faz-se reciclagem, os moradores separam os plásticos, vidros, garrafas e tudo que pode ser reciclado, o lixo fica num espaço dentro do prédio e uma vez por semana, o lixo é recolhido, é levado para uma cooperativa que e vendido. O dinheiro apurado, o condomínio compra cestas básicas e as sorteia entre os funcionários. Uma linda noite.

  10. De Euzébip Prevedelo (via Whatsapp): Confio muito no seu conhecimento sobre o assunto e, de um modo especial, da maneira como conduzi-lo. Eu resido em Rosário do Sul com uma população de 40.000 habitantes com uma vivência de mais de 45 anos como empresário, produtor rural, mais ou menos bem sucedido. A minha formação é engenheiro agrônomo. Também, a título de colaboração, fui convidado e aceitei ser secretário municipal de Estradas de Rodagem do município. Aprendi muito com a coisa pública. É claro que a minha governadoria também me ensinou muito porque no Rotary se aprende. Agora fui convidado a ser candidato a prefeito pela maioria dos partidos. Se eu aceitasse , sabe qual seria uma das maiores preocupações? O lixo. O tema que está se propondo é extremamente importante. Siga em frente. Um abraço.

  11. De Cel PMERJ Ara[ujo (via Whatsapp): Temos que ter a consciência de coleta seletiva de lixo…. Poucas pessoas tem essa ideia.

  12. De Gilian Reivas (via Whatsapp): Isso. Eu mesmo reciclo meus recicláveis

  13. Hiper bom
    Dia. Texto em forma de crônica ficou lindo e leve. Um passeio por sua história, história de todos nós. Sinto-me representado.
    Parabéns amigo.
    Como escreves bem. Deus o abençoe.
    Humberto jr prof IFCE e PresABES CE

  14. Reciclagem já. A natureza agradece… \o/

  15. De Adélia Antonieta Villas (via Whatsapp): Querido Joper. Aqui na Ilha estamos implantando um projeto de Educação Ambiental par 15 mil estudantes das escolas públicas e mais 30 mil responsáveis. Isto prevê uma nova metodologia porque aqui na Ilha não só produz lixo mas recebe lixo molhado que vem jogado pelas comunidades residentes às margens da Baía de Guanabara trazido pelas marés. É tanto ou maior do que é produzido como lixo doméstico.

    Além destas aulas com várias tecnologias, para as quais será produzido material pedagógico, haverá uma outra etapa prática da separação de lixo doméstico e reciclável. E no final desta cadeia já temos a indústria que coletará e reciclará o material, com parte do lucro sendo reinvestido no projeto.

    Só ainda não implantamos em razão da suspensão das aulas. Mas acontecerá logo que a vida escolar retorne à sua normalidade.

    O objetivo principal deste projeto é a Educação ambiental. Uma vez implantado o hábito, a natureza vai agradecer. A plantação de árvores está prevista , como continuidade do Projeto Preserve o Planeta Terra. O planeta destas crianças, é a Ilha e o mar da Baía. Estamos construindo uma Ilha Lixo Zero e Poluição Zero. Assim será
    Ilha do Governador, um pequeno laboratório, se considerarmos a mega cidade da qual seus 14 bairros fazem parte e sua população de 217 mil habitantes.

  16. A Tecnologia andava a passos largos. Atualmente, ela corre. E rápido.O celular que tenho em mãos é prova irrefutável.
    Mas a esta mesma Tecnologia faltam poderes para mudar a mentalidade da Humanidade em alguns aspectos.
    Em algum ponto dos oceanos flutua a maior ilha de resíduos plásticos do planeta: o problema é de todos.
    Quem se lembra do Sujismundo, personagem criado por uma propaganda do Unibanco? Ainda me recordo das brincadeiras de chamarmos uns aos outros, quando era o caso, pelo nome daquele personagem. Por que está conscientização não teve sequência? Nunca soube a resposta.
    Mas a resposta à pergunta do texto acima, talvez esteja aí: conscientização.
    A pessoa que joga a latinha pela janela, está desrespeitando o próximo e está, em última análise, agredindo a própria Gaia.
    Conscientização mas escolas, ainda no “bê a bá”, e as autoridades cumprindo seu papel de criar normas, cumpri-las e exigir seu cumprimento, COM RIGOR, por quem tem de cumprir.
    E a Tecnologia faz sua parte no trato final dos resíduos.

  17. De Jader Barbosa (via Whatsapp): Bom dia!
    Que Deus continue te iluminando para ser luz, nos fazendo repensar nossas atitudes, principalmente nesse momento. Como sempre, muito sensato.
    Aqui em casa, há uns 5 anos fazemos a separação do reciclável não é trabalhoso, ao contrário, nos traz alento em saber q somos uma formiguinha q faz seu trabalho mesmo sem ajuda de outras pessoas. A mudança de hábito tem q ser tratada culturalmente, em escolas, igrejas, trabalho, não só nas casas.
    Em Itaperuna a igreja católica q participo, tem um programa com permissão da Prefeitura, onde colocou em alguns pontos da cidade, local para depósito de lixo reciclável e todos os domingos um caminhão fica parado ao lado da igreja para fazer essa coleta.

  18. Amigo Joper
    Como sempre seus textos são perfeitos e nos induzem à reflexão e tomada de posição.
    Estou morando na fazenda e reciclamos diariamente o lixo e usamos composteira,e quando estou no Rio a luta é diária já que reciclagem não é,iinfelizmente,,uma prática adotada por todos.Um cordial abraço

  19. De Alexandre Magno Magalhães (via Whatsapp): Parabéns pelas lives e artigos, muito importante essas atividades num momento tão delicado!

  20. De Vera Braz (via Whatsapp): Parabéns Joper. Leitura fácil e de grande valia para os que desconhecem a importância dos 3R. As iniciativas até que existem, mas, como você sitou da coleta em seu condomínio, assim também acontece em nossa cidade.
    Talvez com essa parada obrigatória a que estamos submetidos, pelo menos possamos Reduzir a geração do nosso “lixo”.

  21. Belo texto meu amigo!! Precisamos avançar na sustentabilidade pra termos um futuro promissor!!

  22. De Gustavo Heck (via Whatsapp): Um excelente texto, com uma evolução histórica bem didática meu amigo

  23. Meu amigo Joper.
    Pondero que as mudanças de comportamento somente podem ser eficazes se vierem com as mudanças da mentalidade. O excesso de lixo é a consequência do excesso de consumo. E o não aproveitamento do lixo como fonte energética e uma política pública.
    Assim, precisamos dos dois.

  24. Por incrível que pareça, só comecei a pensar nisso em 2001, quando meu filho entrou na EMEB, pois lá ensinavam as crianças sobre isso e ele me cobrava. Hoje reciclo meu lixo e o caminhão em minha cidade (SBCampo/SP), passa duas vezes por semana para recolher. Mas antes de colocar no lixo reciclável, lavo as embalagens, pois acho que é o certo pq assim não cria-se “bichinhos” indesejáveis. E tb graças ao que meu filho aprendeu nessa EMEB, hj tb economizo água fechando a torneira quando escovo os dentes, banhos bem mais rápido, etc. Enfim, alguns estão comentando que deveria ser ensinado nas escolas e acreditem, já ensinam. Parabéns pelo texto, como sempre brilhante.

  25. É nosso dever defender e preservar o meio ambiente, criado e entregue por Deus para desfrute e uso comum de todos os seres vivos, essencial à sadia qualidade de vida. A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, que fazem toda a diferença. Uma das mais importantes é a reciclagem do lixo. Parabéns pelo excelente texto.

  26. Prezado amigo e Governador Joper Padrão, a modernidade impôs a todas as sociedades facilidades que aumentaram em muito um quantitativo de Lixo , que não se sabe como equacionar essa situação, pois é um verdadeiro flagelo para o equilíbrio ambiental. Antes como vc exemplificou usávamos apetrechos, vasilhames e várias utilidades não descartáveis e sim reaproveitadas. Em muitos países se utilizam a coleta seletiva e elas são cuidadas e tratadas como seletivas, o ponto que vc abordou, o que adianta termos o trabalho de separarmos e passar um carro da Cia de lixo e compactar tudo. A solução que irá dar uma contribuição imensa é os estados e municipios envistir em coleta seletivas e tratar como e através desta seletividade , tirar a riqueza que cada fragmentos gera. Podem aproveitar em gerar energias, adubos, reciclagens diversas. Vi um documentário de uma indústria de reciclagem no Japão de componentes eletrônicos, que eram extraídos metais como , ouro, prata e outros metais valorizados e com isso conseguiam confeccionar jóias e muitos objetos de grande valor. Uma solução total não existe, mas, o lixo é um luxo, para quem sabe como tirar proveito. Gaia com certeza ficará muito mais bela. Abraços

  27. Analiso a situação em dois momentos:

    O primeiro, o momento do desenvolvimento, onde aconteceram inúmeras descobertas, e mudanças de comportamento, inserindo em nossa sociedade, de forma desordenada, produtos descartáveis, e que não foi em momento algum pensado no impacto ambiental.

    No segundo momento, a nossa percepção que existe uma necessidade de rever estas criações em função do impacto.

    Alguns exemplos recentes deste segundo momento: Começamos alterando o canudo de papel para o canudo de plástico. Assim menos árvores seriam cortadas, e outras substituições impensadas também ocorreram. Agora, o canudo de plástico não mais nos é uma opção. Entretanto, não são opções para bares, restaurantes etc, mas são permitidos ainda no Toddynho, no nescau, no suquinho da criança. Não seria isso hipocrisia?

    Ou pode, ou não pode. Claro que não pode. Então diriam: Estamos fazendo em etapas. Etapas: é a criança que vê e usa o canudo, ela é o adulto de amanhã. Como assim, pode ou não pode?

    Enfim, o canudo é apenas uma situação recente em que percebo que a mudança não é para todos.

    E fica a pergunta? Por que não para todos?

    Há muito me faço esta indagação, e tento, à medida do possível fazer a minha parte. Existe uma necessidade maior de envolvimento das autoridades, não de maneira hipócrita como vem sendo realizada e abordada esta questão.
    Não basta apenas, nós, usuários, fazermos a nossa parte.

    Sacolas plásticas não são permitidas no mercado, mas em qq outro estabelecimento pode ser utilizada, desde que se pague alguns centavos por ela. Então, agora, a sacola é permitida para quem pode pagar?

    Garrafas de vidro que não são mais necessário os seus retornos para o fabricante… E ficam aí, pelas calçadas, após uma noite de balada, inúmeras garrafas de Heineken e tantas outras marcas long neck. Não caberia ao fabricante também ser responsável?

    Temos de exigir das empresas, indústrias, dos fabricantes que mudem o seu comportamento. E que também sejam responsabilizados.

    Temos sim de fazer a nossa parte, não somente na coleta, mas fazer estes questionamentos. Levar estes questionamentos à frente.

    Temos de ser responsáveis pelo que utilizamos, mas também pelo que permitimos que seja produzido. Este, a meu ver, é nosso maior desafio.

  28. Me desculpo por erros de português, só constados apos o envio da mensagem.

    • Em 1891 Paulo Viriato presidente de RI lançou o lema PRESERVE O PLANETA TERRA.
      NA epoca a palavra japonesa Motainai( desperdicio) fou utilusada para aprendermos a não desperdiçar.
      Agora com a pandemia ficou claro que isso esta acontecendo e a natureza esta se recompondo.
      Vamos incentivsr o não consumismo e a solidariedade??

  29. Caríssimo amigo Joper
    Parabéns pelo texto, brilhante como de costume.
    Acredito que lixo só é problema por ser visto como algo que não presta, é fim de linha para aquilo que foi útil e não serve mais pra nada, esse conceito precisa ser modificado não só pra quem descarta o lixo, passando pelos condomínios, pelo setor público e pelas empresas em geral.
    Tem sido divulgado pela mídia, as doações de empresas para ajudar no combate a Covid-19, muito louvável, então por que não estender essa mesma postura para ajudar a proteger nosso meio ambiente.
    Entendo que campanhas de conscientização podem ser um passo inicial para a mudança, tanto da separação como coleta de lixo.
    Concomitantemente buscar em parcerias público-privadas, a implantação e modernização racional da coleta de resíduos.
    Fiz uma pesquisa, orientada em informações que tinha em razão de produção de vídeos que realizei, em especial quando fiz o acompanhamento das obras de Despoluição da Baia de Guanabara, no governo Marcelo Alencar, que tinha como responsável o Eng. Francisco Deolindo Filardi.
    Abaixo links de alguns vídeos que exemplificam como são feitas coletas em outros países.
    LINKS SOBRE COLETA DE LIXO
    Barcelona: https://www.youtube.com/watch?v=rBJ3QrI4V60
    Cidade de Boras na Suécia: https://www.youtube.com/watch?v=Zy0aProp3r4

    Um novo sistema de coletar lixo:
    https://www.youtube.com/watch?v=QmM1Hj6IzYU

    Coleta de lixo a vácuo:
    https://www.youtube.com/watch?v=3FrVw81tLRw

    Coleta de Lixo Doméstico na Holanda:
    https://www.youtube.com/watch?v=WkoNhwmyax8

    Recolha Inteligente de Resíduos | Município de Lisboa: https://www.youtube.com/watch?v=wAowUsCThPs

    Região Portuária do Rio de Janeiro: https://www.youtube.com/watch?v=1dMIxawqz-E

  30. Estimado amigo e governador Joper, parabéns pelo texto,que Deus continue te iluminando e tendo sempre uma leitura para todos nós, é pena que a maioria das pessoas não tenham essas suas informações seriam de grande valia para que elas se conscientizada em o quanto deveria fazer o certo com oloco,em minha família somos enfáticos em colocar os resíduos de lixo em seus devidos lugares e em no bairro que Moro tem um veículo para pegar o lixo que são recicláveis como papel,vídeos e plásticos. Mas uma vez parabéns, Gaia agradece.

  31. De Ricardo Martins Soares (via Linkedin): Excelentes considerações Joper. Na essência, realmente não existe o “fora” como você bem coloca. Para mim, a falta de visão sistêmica das coisas e o pouco entendimento da dinâmica da vida fazem com que a maioria não entenda a relação causa e efeito, bem como o amplo espectro de oportunidades que a natureza nos oferece. Lixo orgânico se torna uma espetacular fonte de macro e micro nutrientes para uma horta, por exemplo. E a grande maioria dos plásticos, metais e madeiras pode retornar às atividades de transformação. Obrigado por compartilhar.

  32. De André Luiz (via Whatsapp): Excelente texto!!! Você é fascinante, meu amigo.

  33. De Itamar da Conceição da Silva (via Whatsapp):Dr. Joper, Seu texto me transportou em um passado onde vivenciei e participei, mesmo sem querer, dos ciclos menstruais da mãe e irmãs, fraldas de pano dos irmãos mais jovens etc…
    Com relação a reciclagem, trabalhei em um condomínio, na Vila da Penha, como Supervisor de Operações.
    Como consequência do cargo, fui premiado para ajudar a implantar a reciclagem no condomínio. Partimos do zero, estudando com profundidade como realizar tal feito. Fomos orientados por profissionais e empresas do ramo.
    Fizemos treinamentos com os ASG’s, realizamos uma assembleia com os condôminos para traçar a forma de coleta e separação de seus dejetos etc.
    Conseguimos um bom espaço para a separação e armazenamento de papelões, garrafas pet, latinhas de alumínio, revistas, …
    Outro detalhe, espalhamos por toda as áreas abertas, as lixeiras para coleta seletiva. Área da piscina, bar, brinquedoteca, quadra de esporte, salões de festas, hall e etc…

  34. Prezado Joper.
    Seus textos, como sempre, são impecáveis e maravilhosos.
    Por experiência própria, acredito que qualquer iniciativa no que diz respeito à coleta seletiva, reciclagem e aproveitameno do lixo, deve-se começar pela conscientização não só da população de uma forma geral, como também dos dirigentes e funcionários dos proprios órgãos que a propõem. Caso contrário, vamos continuar sempre contando com apenas uma parcela bem intencionada da população, tentando selecionar o lixo e vê-lo depois ser recolhido e jogado todo misturado nos caminhões que nada têm de seletivos, para o desencanto, decepçao e frustaçao dos que almejam um mundo melhor e mais humanizado.
    Esta foi uma situação que pessoalmente, organizei, participei e presenciei tempos atrás, quando fui pela primeira vez, síndica do edifício onde moro.
    Ótimo você ter abordado este tema, porque é algo que precisa ser discutido e resolvido, para melhora na qualidade do planeta em que vivemos.

  35. Joper, excelente reflexão!! Creio que as novas gerações estarão muito mais comprometidas com o consumo consciente do que a minha geração!! Mudança de hábitos leva tempo.. estou em Curitiba e vejo que a coleta seletiva do lixo já se encontra internalizada na vida do curitibano dada a políticas publicas implantaras. Creio q a sociedade organizada poderá contribuir com a implantação de políticas públicas voltadas para o consumo/uso/descarte consciente do lixo: “ uma andorinha faz sim a diferença”” para te dar esperança, em Jacareoagua, onde mantenho casa, a coleta seletiva é feita duas vezes por semana com o caminhão aberto( baú) um forte abraço!

  36. De Luiz Henrique Bucco (via Whatsapp): O modelo de desenvolvimento adotado, principalmente, pelo ocidente valoriza o consumo e consequentemente o desperdício, saturando o Planeta.
    Esse tema vem sendo abordado ao longo das últimas décadas e, lembro, que foi amplamente debatido em Curitiba no início dos anos 90, Lixo Zero, com a presença dos Governos Estadual e Federal, Canadense e Alemão, setores produtivo e Institucional.
    Hoje mais do que nunca temos que repensar este modelo, para não geração em nossas atividades, ou seja, na busca de “Lixo Zero”.
    Finalizo dizendo: “Gaia” agradece!

  37. Realmente essa mensagem é muito importante, porém eu e alguns moradores perto da minha casa, dão exemplo de como descartar o lixo, mas há muita gente que tende a fazer o contrário, todavia eu não tenho o poder de polícia para advertir ou tentar conscientizar o cara que é contraditório, é complicado isso faz parte da nossa cultura, quem pode mudar isso somos nós mesmo, mas é minoria, as autoridades tem o poder nas mãos, não se movem nesse aspecto, pois temos um exemplo que aconteceu em abril de 2010, no morro do Bumba, tragédia em Niterói, construíram casas em local impróprio e as autoridades em momento nenhum tomou atitudes, entretanto quando deslizamento de terra aconteceu e soterrou matando muitas famílias, chegaram a conclusão: que as construções foram irregulares, em cima de um local, que antes foi um Lixão, onde os caminhões de lixo depositavam todo o lixo recolhido, o problema está onde armazenar os lixos que são recolhidos.eu entendo perfeitamente que todo lixo deve ser separado e colocado em seus respectivos lugares, mas não existe um trabalho firme rigoroso do governo em controlar áreas de risco.
    O que eu conheço de reciclagem de lixo acho muito pouco e falta uma gestão mais séria e responsável nesse aspecto, as campanhas como descartar o lixo, deveriam ser infinitas, se lembram a do Sujismundo, “ Povo desenvolvido é povo limpo”.
    Onde o objetivo era melhorar os hábitos de higiene e limpeza dos brasileiros.
    Prezado Joper, você sempre com textos importantes, elucidando algo que agrega mais o nosso conhecimento.

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