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Consultor e Palestrante

Os frutos das árvores que plantamos

Quando tive meu nome aprovado pelo voto direto dos Rotary Clubs do então Distrito 4570 (hoje 4571) para exercer a função de Governador do mais antigo dentre todos os Distritos de língua portuguesa, logo motivei a equipe em formação a traçar o planejamento estratégico para o período 2001-2002.

Alguns pontos se mostraram determinantes desde os primeiros passos. Um deles: como Governador eu pediria aos presidentes dos clubes que substituíssem os tradicionais presentes (como mimos ou flores) pelo plantio de Árvores da Amizade em locais públicos como escolas, praças ou avenidas centrais em suas localidades, preferencialmente com a participação de jovens, estudantes, professores e cidadãos da comunidade local.

Gentis, os presidentes dos 67 Rotary Clubs adotaram esse gesto de amabilidade e o resultado superou em muito o plantio de uma muda para cada Clube; na verdade, mais de 2 mil mudas resultaram daquele pedido.

A mobilização em torno do meio ambiente

A estratégia teve Paul Harris como inspiração, que por onde passava promovia o plantio de Árvores que ele dizia serem o símbolo da Amizade entre os Rotarianos. E, também, de Paulo Viriato Corrêa da Costa, o idealizador do Programa Preserve o Planeta Terra.

Os Presidentes Padrão (como eu carinhosamente intitulei a equipe distrital) ultrapassaram de muito o pedido que lhes fiz. E mais ainda: disseminaram a prática desde então em seus clubes a nas comunidades até os dias atuais.

O plantio sempre era acompanhado de falas que associavam o gesto ao lema do período: A Humanidade É a Nossa Missão, levando as pessoas à reflexão sobre a necessidade dos cuidados com a natureza e a preservação ambiental.

Passados 20 anos os resultados são promissores inclusive na divulgação da imagem pública do Rotary e até no desenvolvimento do quadro associativo.

O plantio de Árvore da Amizade estreita as relações

Plantar Árvores da Amizade certamente une as pessoas de todas as idades e classes sociais. E essa prática pode se transformar no fator de aproximação dos Rotary Clubs com importantes organizações em nossas áreas de atuação.

O Rotary Club do Rio de Janeiro – Tijuca, é reconhecido em sua extensa área de atuação por esse hábito constante. Por exemplo, quando o 1º Batalhão de Polícia do Exército celebrou o 20º aniversário de sua atuação como Tropa de Paz das Nações Unidas no Timor Leste, o comandante plantou uma muda de Pau Brasil presenteada pela Companheira Presidente em ato solene e na presença de toda a tropa de oficiais, soldados e personalidades presentes.

Árvores da Amizade propiciam a criação de um Rotaract

O 87º Grupo de Escoteiros do Ar Brownsea aceitou o presente oferecido pelo Rotary da Tijuca em seu 13º aniversário de fundação. Nada melhor que o plantio de uma Árvore da Amizade para consagrar a data no local de suas reuniões no Montanha Club, localizado em área da Floresta da Tijuca.  O fruto dessa estratégia foi o interesse demonstrado pelos escoteiros em idade entre 18 e 30 anos na formação do Rotaract Club Tijuca – Brownsea, em andamento.

Concurso e datas comemorativas aproximam o Rotary da comunidade

Antecedendo o Dia da Árvore, decidiu-se fazer um concurso envolvendo a comunidade para escolher a Rua Mais Arborizada da Tijuca, adotando a plataforma Instagram e mobilizando as redes de relacionamentos do clube em toda a comunidade abrangida. O resultado superou as expectativas e no dia 21 de setembro a rua Dezoito de Outubro, vencedora do certame, recebeu como prêmio o plantio de uma muda de Ipe em reposição a outra fenecida em calçada desse logradouro, com a participação de moradores e da imprensa eletrônica local.

Aproveitando ser esse logradouro a data em que é celebrado o Dia do Médico, o Rotary da Tijuca promoveu o plantio de outra Árvore da Amizade, desta vez uma muda de Pau Brasil, em homenagem aos profissionais da Saúde no dia 18 de outubro.

Plantio da Árvore da Amizade em Homenagem ao Dia do Médico em 18/10/2021

Esses atos, com convites eletrônicos previamente enviados às redes de relacionamento do clube, contaram com a parceria da Fundação Parques e Jardins da Cidade do Rio de Janeiro e reafirmaram a imagem pública do Rotary na comunidade em linha com a sétima área de enfoque do Rotary.  E os resultados foram tão frutuosos que uma médica, residente no bairro, sabendo dessas 2 iniciativas, se interessou pelas atividades do Rotary e hoje, cumpridas as formalidades regimentais, está admitida ao Rotary da Tijuca.

Ou seja, Imagem Pública e Desenvolvimento do Quadro Associativo como frutos da aproximação com a comunidade pelo saudável hábito do plantio de Árvores da Amizade.

Fica, então, o desafio. Quel tal os Rotary Club do Brasil, País que sediou a Rio 92, adotarem a estratégia que lhes for adequada tendo a Árvore da Amizade com fio condutor da marca de um grupo de pessoas que, juntas, se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em si mesmas, na comunidade, no mundo e na Natureza como um todo.

Certamente muitos tem muitas histórias a contar e eu estarei ávido em conhecê-las por seus comentários neste texto.

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