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Consultor e Palestrante

O Diamante, a Água e a Geosmina

Diamante

O diamante é um cristal formado por único elemento – o carbono, considerado como o mais duro material de ocorrência natural que se conhece.  Comercializado como pedra preciosa, possui alto valor agregado. Sua lapidação lhe empresta rara beleza estética. Quando apreciado por várias pessoas, simultaneamente, provoca reações diferentes de cada um de seus observadores. A luz projetada sobre o diamante, dará a cada indivíduo um matiz diferente e, portanto, um aspecto específico de sua beleza. Muitos já ouviram falar sobre o diamante; poucos já o viram com proximidade; raras são aquelas que possuem em exemplar..

A água é uma substância química formada pela combinação de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio – H2O.  Essencial à vida sobre a face da Terra. Em seu estado líquido, cobre a maior parte da superfície do Planeta. Menos de três por cento desse precioso bem natural é encontrado fora das massas líquidas dos oceanos  (estes com alto índice de salinidade)  e, por isso, conhecido com a denominação comum de “água doce”. Ao longo da história da humanidade, está presente nos transportes, na  lavoura, no comércio, mais recentemente na produção industrial e, desde sempre, no uso pelo homem, quando em condições adequadas de potabilidade. A água é conhecida e reconhecida por todos, sem exceção; Inexiste quem ignore o seu valor e importância. Três milhões de espécies de vida já classificadas sobre a Terra dependem da água para sua existência.

E a Geosmina, o que tem a ver com o Diamante e com a Água?

Esgotos despejados em corpos hídricos alimentam algas que liberam uma substância (um álcool terciário [1,10-dimetil-9-decalol] que não tem toxidade) denominada Geosmina.  De tamanho minúsculo, é inofensiva à saúde humana. Contudo, essa toxina empresta cor, aroma e sabor semelhante a terra o que torna a água potável com aspecto  repugnante aos usuários, por mais que autoridades garantam ser inócua aos animais, inclusive ao ser humano. Nos corpos hídricos adotados como mananciais para captação de água para abastecimento público, a ocorrência de Geosmina torna-se um episódio esporádico e indesejado, mas que ocorre alheio à vontade de governantes e governados. É natural. Simplesmente acontece.

símbolo químico da Geosmina

Ora, então o que esses três elementos têm em comum?

Os fatos recentes ocorridos no abastecimento da Capital e de algumas cidades da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, com a água produzida na Estação de Tratamento do Guandu, tem levado a população a ser bombardeada por informações de toda sorte, e das mais diversas fontes. Algumas apócrifas. E como convêm aos tempos atuais, muitas falsas, reforçando o rol das tão em moda Fake News. Mas tem, também, aquelas com autores identificados, assinadas por profissionais do meio acadêmico (alguns renomados, nem todos …), empresarial, político, jornalístico e outros mais, cada qual tratando  sobre o tema segundo seu ponto de vista.

Leonardo Boff afirma (e eu concordo): Todo ponto de vista é a vista de um ponto.  Nesse caso, cada um exprime a intenção a partir do seu ponto de vista em que se encontra.

Até eu, Joper Padrão, economista e contador, dirão aqueles que gentilmente dão atenção aos textos que produzo, tenho me pronunciado (esse é o meu terceiro texto a respeito do assunto) como o faço aqui. É verdade! Trago comigo, como base de sustentação, mais de cinco décadas de atuação em diversas áreas de uma das maiores empresas estaduais de saneamento da América do Sul, o fato de ter sido membro da equipe de fundadores da primeira fundação estadual dedicada à engenharia ambiental, e como dirigente em âmbito nacional e local da associação que congrega profissionais e empresas do setor de saneamento e meio ambiente, cujo quadro associativo é de reconhecimento e respeitabilidade internacional.  

Convivi com Sigrified Hoyler, consultor no campo do comportamento humano, fundador das Faculdades Hoyler que, num dado momento, me afirmou: Joper, você pode formar um médico em 5 ou em 20 anos. Nos bancos universitários, ele sai pronto em 5 anos, com um grade investimento financeiro e de transferência de conhecimento. Na vida prática, ele será um médico após 20 anos de experiência. A diferença é de tempo e de método de aprendizagem. Eu, portanto, me considero um economista capaz de expressar minha opinião a respeito de alguns temas no campo do saneamento e meio ambiente após tantas décadas de atuação nesses setores.

Pois então, vou expressar mais uma opinião nesse imbróglio.  Pelos inúmeros textos e matérias, percebo que estes representam pessoas sentadas em torno do mesmo diamante (a qualidade da água e o fato ocorrido) interpretando cada faceta de acordo com o seu ângulo de visão. E, do lado externo da mesa em que o diamante é contemplado, ao largo desses “obervadores”, a população, aturdida com as opiniões de cada um dos interlocutores.

Os “observadores” que estão interpretando as facetas do diamante me fazem lembrar a obra do notável dramaturgo italiano Luigi Pirandello em Assim é se lhe parece, peça em que vários personagens, que representam diversos segmentos da sociedade (o alcaide, o padre, a os comerciantes, os burgueses …), tem visões absolutamente diferentes sobre o mesmo fato – um casal (personagem central) que apenas entra e sai de uma torre, sem dizer nada mais que “bom dia” e “boa noite”. A plateia fica mais e mais confusa na sua interpretação com o desenrolar dos diálogos,  e cada espectador tem um entendimento absolutamente diferente do outro. Verdadeiramente espetacular para que seja possível entender situações como a do imbróglio sobre a qualidade da água (nesse caso,  o personagem central dessa estória).

Assim é se lhe parece – a peça de teatro

Quanto à Geosmina, vê-se segmentos os mais diferentes opinando: da Academia, da Economia, do Mercado, da Governança, das Relações de Trabalho, do Conhecimento Técnico, da Imprensa, da Política, do Psicologia, da Sociologia, da População, e tantos outros.

Cada qual tenta trazer a sua contribuição  à luz de sua visão e experiência. Em tese, estão bem  intencionados em fazer com que a qualidade da água seja assegurada, mas excessos ou mesmo impropriedades decorrem, com absoluta naturalidade, dessas manifestações.

Um exemplo gritante é quando alguém sugere o consumo de água mineral enquanto a qualidade volta a sua normalidade. Será que todos têm recursos para seguir essa orientação? Como ficam os menos favorecidos, que mal possuem meios para pagar as suas despesas de habitação, transporte e alimentação?  Qual o propósito dessa manifestação? Favorecer o mercado de venda de água envasada (preço da água mineral dispara e aumento pode passar de 40%, e escassez do produto nos pontos de venda vira matéria da imprensa). Certamente será o de proteger a saúde dos consumidores. Porém, sem levar em conta a capacidade de acesso da maior parte daqueles que receberão essa informação.

Outro exemplo, é quando se clama pela despoluição do manancial onde é captada a água para tratamento, como se o saneamento das cidades vizinhas à Estação de Tratamento, fruto da falta de investimentos por décadas,  fosse algo alcançável em curto espaço de tempo. As cifras apresentadas são astronômicas (R$ 1,4 bi para despoluir o manancial). Qual o propósito dessa interpretação?  Desvalorizar  as ações da empresa estadual de saneamento cujo processo de desestatização é fruto do Plano de Recuperação Fiscal? Certamente o propósito será o de estimar os investimentos necessários e alertar as autoridades. Contudo, sem considerar os impactos imediatos no valor patrimonial da empresa no mercado.

Um chargista coloca o Governador do Estado brindando com um copo de água vazio; um colunista menciona uma rede de relacionamentos e associa a “água da casa”, a água potável servida gratuitamente em bares e restaurantes (por força de Lei). Em sua nota pitoresca , indaga ao final:  Alguém se arrisca?.  Claro que ao ler essa nota eu prontamente me inclinei a responder (e o farei por Carta dos Leiores): Eu sim! E ao invés de considerar um risco, o meu hábito contínuo e permanente de me servir da “água da casa” é o que mitiga a minha sede e garante minha boa saúde.

Dizer que nada está acontecendo seria falsear a verdade. E estou longe desse propósito, como também do de defender qualquer  dos atores em cena. Contudo, devo reconhecer que as providências de mitigação foram adotadas e a qualidade da água continua a ser assegurada pelas análises divulgadas por entes públicos de esferas diferentes (terceira opinião), além da própria operadora  e fornecedora dos serviços de abastecimento público.

Bom seria se todos tivessem, como eu procuro ter em meus textos, o senso da responsabilidade junto à opinião pública prevendo os reflexos das palavras proferidas sobre aquilo que assim é, se nos parece ser. Cada um dos observadores desse diamante (a qualidade da água) tem o direito de ver a sua beleza segundo seu ângulo de visão, seu ponto de vista, mas sem perder de seu horizonte que o espectador atrás de si (a população) irá absorver a informação a seu modo. E, nos dias atuais, desmoralizar o que quer que seja é rápido como um rastilho de pólvora, enquanto recuperar a credibilidade consumirá tempo e recursos.

Prudência é uma atitude sem contraindicações. Usemos a saudável água da casa. Sem medos ou receios. Só com a prudência que sempre devemos ter com esse precioso líquido, tão precioso quanto um diamante. Quanto à Geosmina … ela que siga o seu curso na Natureza, sem que nos traga dúvidas ou incertezas desnecessárias e indesejáveis.  

Joper Padrão

Ilustração de destaque colhida em https://de.cleanpng.com/png-4fkmlg/ ilustração secundária colhida em https://unalucciola.wordpress.com/tag/assim-e-se-lhe-parece/ visitados em 18/01/2020 às 11h30;

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36 comentários

  1. Excelente texto, muitos têm demonstrado falta de bom senso em suas declarações , mesmo que bem intencionadas, se mostram perniciosas, muitas opniões alarmistas, e achismos desprovidos de constatação técnica causando insegurança e um pânico injustificado na população…em especial na maioria da população que não tem acesso as sugestões apresentadas

  2. Formidável, você é demais!!

  3. Assim é se lhe parece.
    Um ponto de vista é visto de um ponto.
    Todos os pontos de vista juntos, talvez represente a complexa realidade.

    Outro ponto de vista não abordado é como a CEDAE dá lucro ao Estado no valor estimado de 800 milhões ao ano, nos últimos anos.

    Simples né, pára de investir, aí dá sobras

    Os administradores ficam orgulhosos dos seus resultados e o povo com esgoto ao céu aberto.

    Vamos pensar, 1,4 bilhões para sanear o próprio Guandu não é caro. Custa menos que um estádio de futebol, o de Brasília custou 2 bilhões.

    Menos de dois anos de lucro da própria empresa.

    Desvalorizar a CEDAE em época de privatização também está no contexto favorável para quem quer compra-la, que coincide com a aprovação do Congresso Nacional sobre privatização do saneamento em todo o Brasil.

    Enfim depois da geosmina pode vir os cianetos, aí sim, as emergências dos hospitais vão ficar lotadas

    Não dá para substimar a contaminação do presente sem ver o risco provável do futuro.

    Vamos ver os próximos passos da CEDAE, que a cada dia, tem baixado a cabeça.

    • Estimado Izidoro Flumignana: Você, médico renomado, com larga experiência na vida política, bem sabe avaliar as questões que aborda. É fato que os resultados econômicos que a empresa apresenta são positivos. Contudo, procede o comentário de que estes deveriam estar sendo investidos em melhorias operacionais.
      É fato de que os investimentos em saúde preventiva, como o saneamento básico, deveriam ser priorizados vis-a-vis outras áreas (como a construção de estádios de futebol que você cita).
      É fato de que o episódio da Geosmina deve servir de alerta para riscos futuro que possam trazer consequências indesejáveis para a população.
      Tudo isso e muito mais é fato.
      Contudo, nada deve sustentar o alarmismo que se vê em torno do assunto. Nesse viés, é preciso trazer informações à população que permita melhor discernimento ao invés da crítica pela crítica, o que procuro fazer com meus textos que são engrandecidos pelos comentários a eles aduzidos, como você tão generosamente o faz e pelo que lhe sou grato.

      • Mais do que comentários, tenho perguntas: Afinal, ela faz mal na alta concentração? Não deveria ter havido intervenção da empresa para evitar o problema? A presença de pessoas despreparadas na gestão não está na razão desta falha?
        Isso não é o argumento para a privatização?

        • Concordo!

        • Estimada Gisele Sanglard: A propósito da alta concentração de geosmina e seus impactos, o Globo de 17/1/2020 publicou matéria com dicas do Presidente do Conselho Regional de Química https://oglobo.globo.com/rio/conselho-de-quimica-nao-recomenda-nem-para-animais-agua-com-geosmina-da-cedae-24198124
          A Policia Civil abriu investigação que, certamente, terá como um de seus focos saber se o problema poderia ter sido evitado e se houve falha de intervenção prévia da empresa.
          Os dirigentes da empresa operadora são escolhidos e designado pelo seu Conselho de Administração que, certamente, deve levar em conta a qualificação técnica e o preparo como gestores.
          Quanto ao último ponto – desestatização – é evidente que o cenário montado favorece a pressão popular. Nesses últimos dias, um grande veículo de comunicação chegou a posta na página par matérias com críticas severas aos fatos acontecidos e na página ao lado, em destaque, um casal brindando com água em Niterói, atribuindo a alegria do casal ao fato da empresa que opera naquela cidade ter sido privatizada. Falta de respeito à opinião pública pois a matéria da página par deixa de frisar o fato de que a água que serve a Niterói é distribuída por uma concessionaria privada, mas produzida no sistema Imunana-Laranjal pela mesma operadora que produz a água no sistema Guandu.
          Agradeço pela sua gentil atenção e comentários.

  4. Meu amigo Joper, o que vc pode falar das águas escuras que chega na casa da minha filha em Jacarepaguá?
    Minha amiga e suas irmãs moram em Vila Valqueire e todos estão em tratamento com diarréia, gastrite etc.
    E outras pessoas conhecidas estão com problemas?
    Respeito sua opinião, o que fazer com essas pessoas, todas processaram a CEDAE, estão juntando receitas e notas fiscais dos remédios e águas com gasosas

    • Caro Joper, concordo com seu alerta contra o “alarmismo”. Estamos vivendo tempos em que decisões são tomadas com base em simples preconceitos, pressões emocionais e muitas vezes irracionais da opinião pública. Em minha modesta opinião, a questão do saneamento no Brasil, é fruto da falta de um marco regulatório adequado. As empresas estaduais nesse caso são simultaneamente um patrimônio e um problema para a solução. Mas o mais importante é o seu alerta para uma discussão que se ancore nos fatos.

      • Prezado Cezar Vasquez: De fato, a falta de um Marco Regulatório para o setor é um dos fatores para essa situação anacrônica que se apresenta. Devo realçar que, no meu ponto de vista, os produtos “água” e “esgotos” devem ser tratados como ações públicas em prol da saúde preventiva, ao invés de se-lo como meros investimentos de mercado para atração de capitais privados. Agradeço pelo seu gentil e oportuno comentário.

    • Prezada Katia Rumbelsperger: Você relata as providências adotadas pelas pessoas que se sentem lesadas de ajuizar a recuperação pelos danos que lhes foram causados. Perfeito.
      Eu tento, com munha palavra, levar às pessoas que como você me concedem sua generosa atenção, informações fiáveis e pontos de vista para reflexão e melhor discernimento.
      Agradeço pela sua renovada e gentil atenção.

  5. Excelente amigo e Companheiro.

  6. Joper, muito bacana seu texto. Realmente, um diamante também.
    Mas falta discutir como se pode evitar que um grupo político desqualificado tome de assalto uma instituição tão importante e fundamental para a população como a CEDAE.

    • Amigo Luiz Edmundo: Você, pela sua larga experiência de vida, e principalmente na política, bem sabe que governantes e parlamentares são fruto do voto popular. Na minha forma de ver, esse aspecto que vc aborda tem pelo menos duas alternativas: a) pela melhor qualificação do voto que elege pessoas pouco preparadas ou mal intencionadas; b) pela ação da sociedade em vigiar a ação de inescrupulosos e denuncia-los aos órgãos competentes, com base em fatos e provas. Agradeço pela sua gentil atenção e comentário.

  7. Muito bom o aprendizado e conhecimento! Sempre aprendemos com você, Joper Padrão. Obrigada por compatilhar!

    • Muito bom!

  8. Amigo sei que estamos vivendo e convivendo com pessoas que não protegem o meio ambiente. O governo não é responsável por tudo que acontece, os seres humanos têm uma grande culpa pela poluição do planeta. Ministro palestra sobre mobilidade urbana e sustentabilidade, percebo que nado, nado e não saio do lugar. Depositam seus lixos nos valões, rios… , seres que cospem seus lixos internos nas ruas, não respeitam os cadeirantes, cegos etc Que pena! VALORES esquecidos, o amor deixando de existir, equidade, longanimidade… O que fazer?

  9. Texto muito bem calibrado, como sempre, Joper. A fundamentação técnica,aliada à menção da obra de Pirandello, garante a visão mais ampla de como as áreas de engenharia santaria e psicologia caminham de mãos dadas em busca da coerência. As redes sociais são terra de ninguém. Dá de tudo. A facilidade em digitar a opinião e fazê-la circular inebria quem nunca imaginou poder fazê-lo um dia. É o preço do progresso. A área acadêmica sempre foi espaço de debates, com as correntes de pensamento em defesa de seus pontos de vista. É do jogo. O perigo reside no viés ideológico nas opiniões, se utilizado. O alarmismo vira combustível nesses cenários. Quando a coerência e o bom senso desaparecem, a sociedade padece. Parabéns!

    • Caro Fernando Quintella: Você é um expert em comunicação e, do patamar de sua competência, trata com objetividade o que busco difundir em meus textos a respeito desse importante tema: a qualidade da água potável servida a nossos concidadãos. Agradeço por sua sempre gentil atenção.

  10. Parece-me bastante complexo o estado de coisas a que chegamos, no que se refere à entrega de água potável de boa qualidade à população Fluminense pela CEDAE, considerando os indicadores de danos causados à saúde da população.
    Muitos fatores de ordem interna e externa concorreram e concorrem para os péssimos resultados apresentados nesta passagem de década.
    Importa dizer que as variáveis são infinitas, e os efeitos, desastrosos, já vieram à tona de forma devastadora.
    Que o Poder Público, em todas as esferas: Federal, Estadual e Municipal, bem como a Sociedade Civil Organizada, por meio das entidades do Terceiro Setor, Associações de Bairros, Lideranças Comunitárias, e cada cidadão, das Cidades envolvidas no referido imbróglio, se unam, no sentido de que, no mais curto prazo possível, possamos, considerando os recursos disponíveis, e necessários, e um bom trabalho de conscientização, transformarmos o cenário atual, e que, à médio e longo prazo, possamos definir programas e projetos eficientes para, de uma vez por todas, transformarmos a realidade hídrica Nacional.

    • Você está correto.
      Temos que, por meio das entidades, citadas por você, cobrar soluções rápidas e um plano que no longo prazo evite situações que coloquem em risco o abastecimento do estado. Principalmente, tendo em vista o prejuízo econômico que causa um desastre como esse

    • Certissimo seu comentario Rocha.
      Nos, da sociedade civil organizada precisamos nos unir para cobrar dos órgãos públicos, uma solução saudável. Apesar de que minha opinião pessoal é de que este é um longo problema político. É uma estratégia de interesses pela privatização. Que talvez, seja de fato a solução.
      Abç

  11. Excelente texto. Parabéns!!

    • Belo texto, Joper

  12. Muito bom o texto e sua comparacão entre água e o diamante perfeita. Boa e pertinente também o alerta para as fake news. Elas são duplamente prejudiciais, pois transmitem informações falsas e às vezes aterradoras e também porque acabam desqualificando as informações oficiais. Cada um tem o poder e pode, até diria o dever, de ver o problema do seu ângulo de visão e avaliar segundo seu ponto de vista mas não pode veicular uma informação, principalmente se afeta fortemente a opinião pública sem ter a certeza dos fatos ou a garantia e confiabilidade técnica da fonte – e nesse caso deveria citar nominalmente a fonte. Mas tem uma outra coisa a ser lamentada: a demora na divulgação das informações Essa falta de comunicação e transparência com que a concessionária se portou nesse evento: porque não foi a público logo no início falar o que estava ocorrendo e abrir um canal de comunicação com a população? O reconhecimento do problema, a transparência na comunicação e a manutenção da divulgação constante da situação teria evitado muitos dos problemas que ocorreram! E não seria favor algum: é obrigação da empresa!

    • Caro José Maria de Mesquita Jr: Ao final de seu depoimento você aborda dois aspectos altamente relevantes – a transparência das informações e a rapidez e qualificação na comunicação por parte da concessionária. Perfeito! Muitos dos problemas ocorridos teriam sido minimizados caso esses pontos tivessem sido tratados com a devida competência. Agradeço por sua gentil mensagem.

      • Prezado Joper, eu não entendo de diamante, sobre água lembro-me das aulas de química e sobre geosmina sei menos ainda. Contudo eu tenho paladar. Eu te digo que a água lá em casa está horrível. Diferente do que aprendi nas aulas de química, ela tem cheiro, gosto e cor.
        Eu não sou de falar muito, mas eu gostaria de saber o que diz o Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), que é um dos principais instrumentos do Programa Vigiagua, que visa auxiliar o gerenciamento de risco à saúde associados à qualidade da água para consumo humano.
        Forte abraço.

  13. De Sérgio Afonso (via WhatsApp) Amigo Joper,
    Continuo a lhe respeitar e admirar cada vez mais.
    Esse seu novo texto sobre esse grande problema que está mexendo, sobremaneira, com a população das nossas Cidades, que são abastecidas de água potável pela CEDAE, me tranquiliza pois você tem um grande conhecimento de causa.
    Verificamos, pela imprensa em geral, que a CEDAE está tomando sérias providências para sanar (e sanear) a melhoria da nossa água.
    Isso também me acalma e deveria acalmar boa parte da população.
    Finalmente, constato que você é um verdadeiro Diamante e que nos traga sempre suas sábias e cordatas palavras.
    Parabéns, mais uma vez.
    Sergio Afonso

  14. Excelente análise, parabéns Joper.

  15. Caro Joper, os seus textos referentes a água potável são plausíveis, mas, contudo, e, todavia, esse Diamante, a Água e a Geosmina, elucidou demais.
    Eu diante do fato da água vir com o sabor de terra causado pela Geosmina, não me causou espanto desde o momento que eu fui informado que a potabilidade da água até o momento estava assegurada. A partir desse momento não me abalei, quanto as outras informações que vinham pelas redes sociais denegrindo a CEDAE, obviamente com essas questões vinculadas a potabilidade da água eu estou tranquilo, continuo bebendo “a água da casa”.
    Esse problema que aconteceu com a água, não é só da CEDAE, todos nós estamos envolvidos, falta bom senso.
    O recado que eu deixo “ Vamos cuidar melhor do Meio Ambiente, caso contrário ficaremos sem Água, e Água é Vida”.
    Obrigado Joper.

    • Estimado Paulo Souza: Seu fecho é perfeito – água é Vida! Agradeço pelo seu gentil comentário

    • A nossa apreensão acaba sendo inevitável, apesar dos diversos esclarecimentos, que por vezes nos tranquiliza. Torço para que tudo volte ao normal logo.

  16. Parabéns pelo texto esclarecedor! Mas ao meu ver este problema ocorre na verdade por falta de gestão, vontade politica dos governantes e o essencial a falta de educação de nossa população. A Educaçao básica tem que ser retomada com vontade urgentemente para que no futuro ainda tenhamos agua limpa, porque já esta Em um nível insuportável a poluição de nossos rios e mares

  17. Boa tarde Joper,

    Parabéns pelo excelente texto. Gostaria de apenas fazer uma pequena correção, sem no entanto ofuscar o brilho do artigo, e informar que a Geosmina (1,10-dimetil-9-decalol) não é uma toxina, e sim, um álcool terciário que não tem toxidade. Apenas confere o gosto e odor de terra e mofo à água.

    Mais uma vez Parabéns pelo texto.

  18. Belo artigo bastante didático e muito esclarecedor!! Parabéns pela clareza das informações!!

  19. Gostei muito pela lucidez e bom senso, com que tratou o assunto.
    Parabéns.
    Abraço fraterno.

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